segunda-feira, dezembro 08, 2008

PÓSTUMO

Quando eu morrer, não tem volta
Tudo que eu fiz vira lenda
Quem eu prendi já se solta
Quem ofendi que entenda
Alguns escreveram na água
Outros rabiscaram no vento
Eu escrevi em minha carne
Com o sangue do meu tempo

Um comentário:

alhures disse...

Que pássaro te habitou no momento em que lapidou esta pérola, mio vecchio amico ?! Sei que és um cara bom de prosa, e , pensei: talvez a constatação da finitude seja capaz de despertar tais veios...
Belo texto!!! Espero não lê-lo tão cedo na tua lápide...Háháhá

Oz.