sou meio fora do tempo,
passei cedo por onde cheguei tarde,
quando me dei conta, fiquei dividido
entre voltar e ir adiante...
meus mistérios são sem graça,
os pronunciei antes de entender,
e os entendi depois de velhos.
à infância, tarde é sempre,
quando se é assim, sem rumo,
agonizando...
pipa perdida na rede elétrica,
desejo de voo decepado
pelo cerol do tempo...
sem a rabiola do equilíbrio,
girando louco...
esmaecido de sol e chuva,
frágil a qualquer brisa...
quando se é assim
sem o sorriso colorido da seda,
sem a fixidez da cola dos retângulos,
perdido de esperanças,
tremular solitário,
no último fio elétrico da estação...
conto de fadas sem final feliz.
(alan)
passei cedo por onde cheguei tarde,
quando me dei conta, fiquei dividido
entre voltar e ir adiante...
meus mistérios são sem graça,
os pronunciei antes de entender,
e os entendi depois de velhos.
à infância, tarde é sempre,
quando se é assim, sem rumo,
agonizando...
pipa perdida na rede elétrica,
desejo de voo decepado
pelo cerol do tempo...
sem a rabiola do equilíbrio,
girando louco...
esmaecido de sol e chuva,
frágil a qualquer brisa...
quando se é assim
sem o sorriso colorido da seda,
sem a fixidez da cola dos retângulos,
perdido de esperanças,
tremular solitário,
no último fio elétrico da estação...
conto de fadas sem final feliz.
(alan)